terça-feira, 27 de maio de 2008
Se quiser tentar
Quem sabe da próxima...
Não foi dessa vez,
Que tal tentar novamente?
Darei uma outra chance,
Se você quiser.
Rasgarei aquela carta.
Será como se nunca
A tivesse lido.
Eu juro!
Prometo que tudo
Poderá ser como antes.
É só você tentar.
Podemos fingir
Que nada aconteceu.
É só você tentar.
Suponho que valha a pena.
Que tal começarmos do início,
Novamente,
Você e eu?
Esqueçamos as desavenças.
Dessa vez não haverá contratempos.
É só fazermos direito
Dessa vez.
Você vai ver.
sábado, 24 de maio de 2008
24/05
Os seus medos inconfessáveis, os seus problemas mais triviais... Tudo isso me interessa. Deixe-me descobrir quem é você de verdade – o ser que se esconde embaixo do seu mostrar-se. Qual a verdade que traz consigo, irrefutável e sombria? Qual o seu nome? O seu aroma! Que gosto será que tem a sua boca? Os seus olhos... Eles cheiram a arlequim!
Juro que se soubesse me explicar, tentaria; mas é vão esse momento... É tão inútil tentar expressar com palavras o que não consigo entender! Sei apenas que sinto; e o que sinto dói. É cortante. Talvez até mais do que achei que pudesse ser.
Por que, de vez, não me arrasa? O que pensa que está fazendo comigo? Sinto não suportar... É vermelho e denso o sangue que corre nas minhas veias, você não vê? Meu coração pulsa; e não apenas isso: ele pulsa por você.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Nada como um chocolate quente em um dia frio!
E quem diria que uma das coisas mais importantes da vida são os amigos?
Ou que um peixe cria tantos mitos sobre a terra quanto os homens sobre o mar?
E que a liberdade aparece quando menos se espera e onde não pode ficar?
Mas não há nada como um chocolate quente em um dia frio!
Nem como as gotas de orvalho sobre as rosas ao amanhecer!
Ou como o riso de uma criança dissipando o rancor!
Pois o que inspira a insignificância mascara o esplendor
E a poesia não encontra maior expressão do que o dia-a-dia!
E a existência não encontra mais sentido do que uma pizza fria
Que no meio da noite alimenta o insone ou os famintos de amor!
E quando me perguntam o que espero da vida [pois há ainda aqueles
que esperam que encontremos um sentido por eles]
Ha! Eu rio e digo: Da vida?
Eu não espero mais que um chocolate quente em um dia frio!
terça-feira, 20 de maio de 2008
Calado, escuro e só.
Quão bela imagem salta aos olhos daqueles que assim a enxergam.
A despeito daqueles que a temem,
Dos que vêem em qualquer sobra o vulto assombroso do expiro,
Dos que a trocam pela certa (e finda) luz do dia,
A noite reserva-se o direito de silenciar.
Pode ser apenas um penoso e inócuo silêncio,
Mas fala alto em meu peito.
Pois, aqui do fundo onde somente o nada enxergo
Não me amargura o calafrio que tua ausência me causa.
De verdade, dele até gosto.
Mas preferia a companhia do vazio definitivo: nunca mais tê-la.
Ele talvez silenciasse essa vontade de iluminar meu dia.
Poderias mesmo me empurrar vão abaixo e destroçar-me no escuro de minh'alma.
Por certo ficaria triste, mas - juro - não mais do que estou agora.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Um Olhar...
aqueles mais ocultos, que nem
o mais dedicado filósofo pode estrair,
ou o mais competente cientista pode quantificar e qualificar,
ou o mais impressionante poeta pode contar.
O que há aí?
Não sei.
Me diz você.