segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sem inspiração...

Sabe aqueles dias
quando tudo parece passado distante
as alegrias são remotas
as risadas já foram esquecidas
e somente a saudade restou?!

Nestes dias,
a inspiração pro recomeço
some.
Tudo se torna cinzas
e o vento está levando, levando, levando...
Quando vou me transformar numa
Fênix?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Será que cabe romantismo em mim?

Falar de amor não é fácil,
precisa-se teorizar,
institucionalizar o amor
e pôr limites onde não há.

Também não é fácil amar,
não é fácil para uma finitude cotidiana
deixar-se penetrar pelas perturbações
e pelas incongruências
que nela são provocadas
quando em contato com algo
de natureza tão oposta à sua
como é o amor

Acontece que eu acabei de falar de amor!
Pois, se ele é de natureza oposta
ao que é finito e cotidiano
logo, é infinito e extraordinário!

Mas ainda assim
o amor não cabe nesta lógica.

Infinito não serve
porque quando estou com você
tenho medo do fim.
Uma angústia me consome
e eu só consigo pensar
que mais cedo ou mais tarde
o seu amor por mim
vai acabar.
Mas por outro lado
há uma chama de certeza
que permite que eu me entregue
e saiba que amanhã você vai voltar.

Isso não é extraordinário?!

Não, não é!
Isso, extraordinariamente,
invade meu ser todos os dias
e até mais de uma vez por dia
tantos quantos forem os momentos
em que estou com você.

Não existem palavras
que sirvam à lógica do amor
porque o amor não tem lógica
ele é sim e não,
é tesouro e esmola,
é nada do que eu tenho
e tudo que eu quero te dar!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Despedida

Com quem irei conversar, sempre... sobre tudo, ou sobre qualquer coisa?

Quem me apoiará, quando eu estiver chateada?
E os puxões de orelha, diz quem é que vai dar.
Sentirei saudades e ponto.

Saudades do meu cabelo arrumado, que por graça, você faz questão de bagunçar.
Saudades da nossa conversa na cozinha, saudades do desabafo.
Das piadas sem graça...

Saudades até das inúmeras vezes em que você solta meu cabelo, só pra me chatear.
Saudades dos sustos que você me dá; e dos tapas que lhe dou por me assustar.

Saudades de cozinhar pra você.
De não cozinhar pra você, e você acabar "filando" a minha comida...

De lhe ouvir me chamar de "mitcha"...
De tentar fazer tranças nos fios de cabelo do seu braço.
Até das brigas sentirei falta.

Das vezes em que você voltava pra casa com algo que tinha comprado pra mim, e dizia: "lembrei de você".
Saudades de também lembrar de você.
Saudades da sua chatice...
Saudades, enfim.

Em resumo: sentirei saudades da sua presença. Por isso, volte logo!