terça-feira, 20 de maio de 2008

Calado, escuro e só.

Vai-se a noite com vai a vida...
Quão bela imagem salta aos olhos daqueles que assim a enxergam.
A despeito daqueles que a temem,
Dos que vêem em qualquer sobra o vulto assombroso do expiro,
Dos que a trocam pela certa (e finda) luz do dia,
A noite reserva-se o direito de silenciar.
Pode ser apenas um penoso e inócuo silêncio,
Mas fala alto em meu peito.
Pois, aqui do fundo onde somente o nada enxergo
Não me amargura o calafrio que tua ausência me causa.
De verdade, dele até gosto.
Mas preferia a companhia do vazio definitivo: nunca mais tê-la.
Ele talvez silenciasse essa vontade de iluminar meu dia.
Poderias mesmo me empurrar vão abaixo e destroçar-me no escuro de minh'alma.
Por certo ficaria triste, mas - juro - não mais do que estou agora.

3 comentários:

Nelma disse...

"Pode ser apenas um penoso e inócuo silêncio"...

* Lindo, isso! XD


***


"Pois, aqui do fundo onde somente o nada enxergo"...

* Não vamos divagar sobre o 'nada', ok? Hihi


***


"preferia a companhia do vazio definitivo"...

* A morte? o.O'


***


Filosfou, hein, sr. Lázaro? Adorei! XD

Anônimo disse...

Lindo, mas torço pra que não corresponda a uma realidade. Que se encerre apenas para a arte.

Parabéns ^^
Por isso quero ser como você quando eu crescer =]

Unknown disse...

muito rico,já que não pode ser lindo{não entendeu vide comentários do texto anterior}
hehehehe